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Mongaguá: Polícia fecha fábrica clandestina e apreende 44 toneladas de azeite falsificado

Quadrilha produzia azeite adulterado e armazenava o produto em condições insalubres; investigação aponta falsificação de marcas famosas

Policiais civis apreenderam 44 toneladas de azeite falsificado armazenado em condições precárias em Mongaguá. Foto: Polícia Civil/Divulgação.

Uma operação policial desmantelou uma fábrica clandestina de azeite falsificado em Mongaguá. A ação foi conduzida pela 5ª Delegacia de Roubo a Bancos da Divisão de Investigação e Capturas (Disccpat) e resultou na apreensão de 44 toneladas do produto adulterado, além da prisão de quatro suspeitos. Segundo a Polícia Civil, a quadrilha fabricava e embalava o azeite falsificado sem qualquer condição higiênica, além de utilizar rótulos de marcas conhecidas para induzir os consumidores ao erro.

A investigação revelou que o estabelecimento operava sem alvará de funcionamento e sem autorização da Vigilância Sanitária. No local, os agentes encontraram grandes reservatórios de plástico contendo o produto adulterado, armazenado em condições precárias, sem os mínimos requisitos sanitários exigidos para a produção de azeite de oliva.

O material apreendido será submetido à análise pericial tanto pela Polícia Civil quanto pela Vigilância Sanitária, que avaliarão a composição e eventuais riscos à saúde pública. Investigações preliminares indicam que o produto vendido como "azeite extravirgem" continha uma alta porcentagem de óleo de soja, prática que caracteriza fraude ao consumidor e pode acarretar danos à saúde.

A fraude na comercialização de azeites não é um fenômeno recente. Há sete anos, uma indústria localizada na mesma região teve produtos retirados do mercado após uma fiscalização da Vigilância Sanitária estadual. Testes laboratoriais conduzidos pelo Instituto Adolf Lutz revelaram que algumas marcas comercializadas como azeite extravirgem continham até 90% de óleo de soja, enquanto outras sequer possuíam azeite em sua composição, sendo 100% compostas por óleo de soja.

Na época, os produtos foram recolhidos das prateleiras e a fábrica foi fechada, mas o caso evidenciou a vulnerabilidade do mercado e a frequente ocorrência de fraudes envolvendo alimentos de alto valor agregado. O episódio atual reforça a necessidade de fiscalização rigorosa e de medidas mais severas para coibir a adulteração de alimentos consumidos diariamente pela população.

Os quatro indivíduos detidos na operação serão indiciados por crimes contra as relações de consumo, falsificação de produtos alimentícios e associação criminosa. A Polícia Civil também investiga a possibilidade de envolvimento de outros integrantes na rede de falsificação e distribuição do azeite adulterado.

Os consumidores são orientados a adquirir produtos apenas de fontes confiáveis, verificando a procedência e a autenticidade dos rótulos. O episódio reforça a importância de denúncias para coibir crimes dessa natureza, que impactam tanto a economia quanto a segurança alimentar.



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