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Violência na saída da escola: Aluno de 12 anos é agredido por colega em Praia Grande

Incidente ocorreu após histórico de provocações; vítima apresenta lesões, está traumatizada e Secretaria de Educação anuncia medidas de mediação

Marcas da agressão: arranhões visíveis nas mãos do menino de 12 anos atacado por colega na saída da escola em Praia Grande. Foto: Arquivo pessoal/Reprodução.

Um episódio de violência marcou o entorno da Escola Estadual Professor Pedro Paulo Gonçalves Lopes, situada no bairro Quietude, em Praia Grande, na última segunda-feira, dia 31 de julho. Um estudante de 12 anos foi fisicamente agredido por um colega de classe momentos após o término das aulas, na Rua Josefa Alves Siqueira, levantando preocupações sobre a segurança e o ambiente escolar na região.

Conforme informações apuradas junto à Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo, o responsável legal pelo menor agredido registrou a ocorrência formalmente. No relato às autoridades, foi detalhado que a agressão partiu de outro adolescente, pertencente à mesma turma da vítima, e se deu do lado de fora dos portões da instituição de ensino.

A SSP informou que o representante foi devidamente orientado sobre os procedimentos legais cabíveis, incluindo o prazo para formalizar a representação criminal, requisito legal para crimes dessa natureza, classificados como de ação penal condicionada. A autoridade policial permanece à disposição para dar seguimento ao caso.

Fachada da Escola Estadual Professor Pedro Paulo Gonçalves Lopes, em Praia Grande (SP), onde aluno foi agredido na saída das aulas. Foto: Reprodução/Google Maps.

O contexto que antecedeu a agressão física envolve um histórico de tensão entre os dois estudantes. Relatos indicam que a vítima vinha sendo alvo frequente de "zoações" – termo popular para provocações e deboches – por parte do colega agressor. No dia do incidente, o menino que sofria as provocações teria reagido verbalmente, utilizando xingamentos. Em resposta, o outro adolescente o perseguiu após a saída da escola e desferiu os golpes.

As consequências da agressão não se limitaram ao âmbito físico. A vítima sofreu lesões nos braços, constatadas pela família. Mais preocupante, contudo, é o impacto emocional. O menino encontra-se traumatizado com o ocorrido e manifesta forte relutância em retornar ao ambiente escolar. Inicialmente, ele não compartilhou o episódio com seus familiares ao chegar em casa, que só tomaram conhecimento da situação ao notarem os hematomas e escoriações no corpo da criança. Desde então, o estudante tem se mostrado retraído, evitando dar maiores detalhes sobre o ataque.

Diante da gravidade do ocorrido, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) emitiu um comunicado oficial detalhando as providências adotadas. A pasta informou que os alunos envolvidos no conflito, juntamente com seus respectivos responsáveis, foram imediatamente convocados para uma reunião de mediação na unidade escolar. O objetivo é buscar uma resolução pacífica e construtiva para o conflito.

Adicionalmente, a Seduc-SP garantiu que um profissional vinculado ao programa Psicólogos na Educação será designado para acompanhar o caso de perto, oferecendo suporte tanto à vítima quanto, potencialmente, aos demais envolvidos, visando mitigar os traumas e trabalhar as questões comportamentais subjacentes. A secretaria também se comprometeu a realizar uma apuração interna das denúncias relacionadas ao histórico de provocações.

A equipe regional do Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar (Conviva SP) foi acionada e atuará em conjunto com a gestão da Escola Estadual Professor Pedro Paulo Gonçalves Lopes na elaboração e implementação de um plano pedagógico específico, focado na promoção de uma cultura de paz e respeito mútuo, reforçando as estratégias de convivência escolar.

A Diretoria de Ensino de São Vicente, responsável pela coordenação das escolas estaduais na região, incluindo Praia Grande, reiterou sua posição contrária a toda e qualquer manifestação de violência, seja ela física ou psicológica, dentro ou fora do ambiente escolar. A direção da escola permanece aberta e à disposição da comunidade escolar para prestar quaisquer esclarecimentos adicionais necessários sobre o incidente e as medidas que estão sendo tomadas. O caso segue sob acompanhamento das autoridades competentes e dos órgãos de educação.



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