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Guarujá desmantela invasão em área de mangue e descobre cenário de rinha de galos: o crime ambiental e o espetáculo da crueldade

Ação conjunta derruba construções ilegais, resgata aves feridas e aplica multa por maus-tratos em ação de combate a ocupações irregulares e crimes ambientais

Imagem mostra uma das estruturas clandestinas demolidas no Sítio Conceiçãozinha, com os compartimentos onde os galos eram mantidos para as rinhas clandestinas. Foto: Divulgação/Prefeitura de Guarujá.

Em uma nova ofensiva contra crimes ambientais e ocupações irregulares, a Prefeitura de Guarujá, em parceria com a Polícia Militar Ambiental, realizou na segunda-feira uma operação de demolição de construções clandestinas em uma área de mangue no bairro Sítio Conceiçãozinha. O que deveria ser apenas mais uma ação rotineira de fiscalização ambiental acabou revelando um cenário de crueldade e degradação: uma estrutura improvisada utilizada para rinhas de galos, com aves visivelmente feridas e sinais claros de maus-tratos.

A intervenção faz parte de um programa contínuo de preservação ambiental conduzido pelo município. As áreas de risco são constantemente monitoradas por rondas preventivas e com o uso de drones, que auxiliam na identificação de invasões e intervenções ilegais em zonas de proteção permanente.

No local, os agentes encontraram o aterramento irregular de parte do mangue, uma prática que compromete o equilíbrio ecológico da região e que tem sido recorrente nas margens do bairro. As estruturas erguidas não apresentavam características de habitação, o que reforçou a suspeita de uso para fins ilícitos. Com o apoio da Secretaria de Operações Urbanas (Seurb), as construções foram demolidas e o terreno passou por limpeza emergencial.

Entretanto, o episódio ganhou contornos ainda mais graves quando as equipes localizaram dez galos em condições alarmantes. As aves estavam confinadas em pequenos compartimentos de alvenaria, com lesões aparentes, típicas de embates forçados. Na casa vizinha, outras quatro aves foram encontradas nas mesmas condições. Informações coletadas no local indicam que os animais eram usados em rinhas clandestinas.

Diante da gravidade dos fatos, o Grupamento de Defesa Ambiental (GDA) foi acionado para realizar o resgate dos animais. Os galos foram encaminhados a uma avícola, onde permanecem sob a guarda do responsável pelo imóvel, até a definição de seu destino legal.

A Polícia Militar Ambiental lavrou um auto de infração por crime ambiental, efetuou a apreensão das aves e aplicou uma multa administrativa por maus-tratos, cujos valores ainda não foram divulgados oficialmente.

A Prefeitura de Guarujá destacou que a operação reforça o compromisso do município com a proteção ambiental e o combate a práticas criminosas em áreas de preservação. Além de proteger os recursos naturais, as ações têm o objetivo de evitar que áreas vulneráveis sirvam de abrigo para atividades ilegais, como o caso das rinhas de galos.

As investigações seguem em andamento para identificar os responsáveis pela ocupação e pelos crimes contra os animais.


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