Denúncia anônima leva BAEP a depósito clandestino em garagem de prédio no Saboó; cão farejador foi essencial na operação
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A polícia encontrou drogas, munições e coletes balísticos escondidos na garagem de um prédio em Santos. Foto: Divulgação/Polícia Militar. |
Uma operação precisa e silenciosa do 2º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) revelou um verdadeiro arsenal do tráfico na tarde deste domingo (6), em Santos. A descoberta ocorreu no bairro Saboó, onde mais de 13 quilos de cocaína, munições de alto calibre e apetrechos para o comércio de drogas foram encontrados escondidos dentro da garagem de um edifício residencial.
A ação teve início após uma denúncia anônima que indicava movimentações suspeitas na Rua Vivaldo de Almeida Neri. Com o apoio de Hórus, o cão farejador da corporação, os policiais localizaram o material ilícito escondido em um dos boxes de garagem do prédio. O síndico do condomínio, um homem de 54 anos, colaborou com a operação, permitindo a entrada das equipes na área comum.
Segundo informações divulgadas pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado de São Paulo, o que os policiais encontraram foi um depósito completo e bem abastecido. No local havia um tijolo de maconha, exatos 13,26 quilos de cocaína pura, uma balança de precisão, duas capas de colete balístico — equipamento normalmente usado para proteger quem atua em áreas de conflito —, além de um impressionante arsenal de munições.
Entre os projéteis apreendidos estão 13 cartuchos de calibre 12, 18 de calibre 22, uma munição de calibre 7.62 (utilizada em fuzis de guerra), 73 estojos deflagrados de calibre 357 e outros 240 de calibre 9mm, indicando que armas de grosso calibre já haviam sido acionadas e podem estar em circulação.
Todo o material foi apreendido e encaminhado ao Centro de Polícia Judiciária (CPJ) de Santos, onde a ocorrência foi formalmente registrada como localização e apreensão de objetos. A Polícia Civil assumiu a investigação e trabalha agora para identificar o(s) responsável(is) pelo armazenamento dos entorpecentes e armamentos.
A operação reforça a crescente sofisticação das estruturas ligadas ao tráfico na Baixada Santista, que vem sendo alvo constante de ações coordenadas pelas forças de segurança. A localização do depósito em uma garagem de prédio residencial chama atenção para a capacidade de camuflagem das organizações criminosas, que exploram a rotina dos espaços urbanos para manter suas atividades longe dos olhos da fiscalização.
A participação do cão Hórus foi determinante na operação. Treinado para detecção de entorpecentes, o animal é parte essencial do efetivo do Baep em ações de busca em locais de difícil acesso ou com compartimentos ocultos.
Até o momento, ninguém foi preso. As investigações seguem sob sigilo, com a expectativa de que as informações levantadas com a apreensão levem à identificação de envolvidos com o tráfico local — que, pelo porte dos materiais, pode estar ligado a facções que atuam em larga escala.
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