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Barbárie em Santos: comerciante é espancada por funcionário dentro do próprio comércio

Ataque covarde com capacete e puxões de cabelo expõe falhas na segurança e na cultura de impunidade nos centros comerciais da Baixada

Imagem das câmeras de segurança mostra o momento em que a comerciante é interpelada pelo funcionário, nas proximidades do Mercado Municipal de Santos. Foto: Reprodução/Redes Sociais.

Um episódio de extrema violência chocou moradores de Santos na manhã da última terça-feira (15), quando uma comerciante foi agredida por um homem que já havia trabalhado para ela. O ataque ocorreu por volta das 5h da manhã, nas proximidades do Mercado Municipal, local onde o comércio amanhece antes mesmo do sol. Mas, naquele dia, o que emergiu com o romper da madrugada foi a barbárie.

Imagens captadas por câmeras de monitoramento mostram o momento em que o agressor, acompanhado de um comparsa, vai até o restaurante da vítima supostamente para cobrar um pagamento. Após ser expulso do local pela comerciante, o homem perdeu completamente o controle e iniciou uma sequência de atos violentos: passou a golpear o carro da mulher com um capacete e, não satisfeito, retornou até a porta do restaurante, onde agarrou a vítima pelos cabelos e a arrastou até o meio da rua.

A cena é brutal. A mulher, visivelmente indefesa, tenta se desvencilhar do agressor enquanto grita por socorro. Populares que passavam pelo local, apesar da aparente hesitação inicial, conseguiram interferir e cessar a agressão. A comerciante caiu ao chão com ferimentos visíveis.

O que mais assusta neste episódio não é apenas o ataque em si, mas o contexto em que ele ocorre: um local público, com circulação de pessoas, em uma área comercial da cidade. A audácia de cometer tamanha violência em plena rua, em um horário em que os primeiros trabalhadores do dia já circulam, escancara o grau de impunidade que ainda reina em muitos ambientes urbanos.

Ambos os envolvidos foram levados ao hospital e, posteriormente, conduzidos ao 4º Distrito Policial de Santos, onde o caso foi registrado como agressão e lesão corporal. O homem, cujo nome ainda não foi divulgado oficialmente, deve responder pelos crimes em liberdade, pelo menos por enquanto.

A ausência de medidas mais enérgicas diante de ataques como este gera revolta e insegurança. Até quando agressões covardes como essa serão tratadas como incidentes menores? A comerciante agredida, além das dores físicas, certamente levará cicatrizes emocionais profundas. E a cidade, mais uma vez, se vê diante do espelho da sua própria omissão.

A recorrência de casos semelhantes em áreas comerciais de Santos deveria acender um alerta para o poder público. O entorno do Mercado Municipal, frequentado diariamente por centenas de pessoas, carece de uma vigilância mais eficaz e da presença de guardas municipais que, ao menos, inibam esse tipo de comportamento.

Enquanto isso, resta à população acompanhar mais um caso que, a depender do histórico da Justiça brasileira, corre o risco de ser apenas mais um número arquivado entre tantos boletins de ocorrência.


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