Droga estava oculta no forro de um banheiro da embarcação atracada no Porto de Santos; Polícia Federal já investiga autoria do crime internacional
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| Viaturas da Polícia Federal posicionadas em frente ao navio atracado no cais do Porto de Santos, durante a operação que resultou na apreensão da droga. Foto: Divulgação/Polícia Federal. |
Em mais uma ação que expõe a complexidade do combate ao narcotráfico em rotas marítimas internacionais, a Polícia Federal localizou 4,7 quilos de cocaína escondidos no forro de um banheiro a bordo de um navio cargueiro atracado no Porto de Santos. A descoberta ocorreu no último domingo (13), durante uma inspeção de rotina realizada por agentes do Núcleo Especial de Polícia Marítima (Nepom), em embarcação com destino à Ásia.
O entorpecente foi encontrado em compartimento oculto, camuflado de forma meticulosa no interior do banheiro de uso restrito da tripulação. Segundo fontes oficiais, o esconderijo demonstra a sofisticação de métodos utilizados por organizações criminosas que atuam no tráfico internacional, aproveitando as brechas logísticas e a estrutura colossal de um dos maiores portos da América Latina.
A droga foi imediatamente apreendida e encaminhada para perícia. De acordo com a Polícia Federal, as investigações serão conduzidas pela Delegacia da PF em Santos, que instaurará inquérito para apurar as circunstâncias do crime, bem como identificar os responsáveis por introduzir o material ilícito a bordo da embarcação.
Santos, com sua movimentação de cerca de 5 milhões de TEUs (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés) por ano, já se consolidou como uma das principais portas de saída da cocaína sul-americana com destino à Europa, África e Ásia. A apreensão deste domingo revela que, mesmo diante de vigilância ostensiva, o porto continua sendo palco de tentativas ousadas de escoamento de drogas.
A Polícia Federal segue com as diligências para rastrear eventuais cúmplices, analisar os itinerários anteriores do navio e cruzar dados com outras operações já em curso. A expectativa é que o inquérito traga novas pistas sobre a logística e os financiadores da carga ilícita.
Enquanto isso, a droga ficará sob custódia para análise pericial, o que permitirá identificar sua pureza, origem provável e conexão com outras apreensões registradas nos últimos meses. O episódio reforça a urgência da ampliação dos protocolos de segurança nos portos e cooperação internacional no enfrentamento do tráfico de entorpecentes por vias marítimas.
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