Operação da Polícia Civil desmantela esquema de estelionato virtual que usava imóvel de alto padrão como base para fraudes
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Materiais apreendidos em apartamento de luxo usado como central de golpes digitais em Praia Grande. Foto: Divulgação/Polícia Civil. |
Um apartamento de luxo no coração do Boqueirão, em Praia Grande, servia não para desfrutar de vistas privilegiadas ou momentos de lazer, mas como sofisticado centro de operações de uma quadrilha especializada em golpes digitais. A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise), revelou que o imóvel era, na prática, um "escritório do crime" cuidadosamente estruturado para aplicar fraudes virtuais.
A investigação teve início após denúncias sobre movimentações atípicas no edifício, localizado na Rua Luís Antônio de Andrade Vieira. Policiais realizaram vigilância discreta até identificar um veículo utilizado pelo grupo — um Peugeot 208 — e proceder à abordagem. Na sequência, os agentes seguiram até o apartamento, onde se depararam com um cenário digno de um centro de tecnologia… só que voltado para o crime.
Computadores ligados com acesso a sites institucionais, celulares espalhados pelo ambiente, chips de telefonia prontos para uso e telas exibindo informações sensíveis de vítimas compunham o arsenal digital da organização. Ao todo, foram apreendidos quatro notebooks, sete celulares, oito chips e o automóvel usado pela quadrilha.
No momento da ação, três homens — de 26, 31 e 32 anos — e duas mulheres — de 18 e 21 anos — operavam o esquema. Segundo a Polícia Civil, o grupo agia de forma coordenada, com divisão clara de funções, característica típica de organizações criminosas especializadas em estelionatos virtuais.
O golpe aplicado era o chamado "falso advogado", no qual os criminosos se passavam por profissionais do Direito para ludibriar vítimas, geralmente na Grande São Paulo, exigindo pagamentos sob pretextos jurídicos falsos. As autoridades já identificaram alguns dos prejudicados.
Todos os detidos foram encaminhados à delegacia e permanecem à disposição da Justiça, que agora deverá avaliar as medidas cabíveis.
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