O episódio aconteceu em plena luz do dia, no bairro do Gonzaga; vítima não conhecia o agressor, que foi imobilizado por pessoas que presenciaram o ataque
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Populares imobilizaram homem em surto após tentativa de ataque com faca na movimentada orla do Gonzaga, em Santos. Foto: Reprodução/Redes Sociais. |
Um episódio de violência e descontrole psicológico interrompeu a tranquilidade do domingo na orla do bairro Gonzaga, em Santos. Um homem em surto psicótico ameaçou esfaquear uma mulher que aguardava transporte em um ponto de ônibus na Avenida Presidente Wilson, nas proximidades do número 26, no sentido José Menino–Ponta da Praia.
Segundo informações obtidas pela reportagem, o agressor e a vítima não possuíam qualquer relação prévia. O homem, que apresentava sinais evidentes de transtorno mental, avançou sobre a mulher de forma repentina, empunhando uma faca. O ataque, no entanto, foi interrompido por populares que estavam nas imediações e agiram com rapidez para impedir que a situação tomasse proporções ainda mais graves.
Os relatos apontam que a ação dos civis resultou em agressões físicas ao homem, que foi imobilizado até a chegada da Guarda Civil Municipal (GCM). O tumulto, que causou pânico entre pedestres e banhistas da região, só foi completamente controlado com a presença dos agentes de segurança.
A Secretaria de Segurança de Santos (Seseg) confirmou, em nota, que a mulher sofreu ameaça direta do indivíduo armado com uma faca. A pasta também ressaltou que a pronta intervenção de testemunhas foi fundamental para impedir uma possível tragédia. Durante o processo de contenção, o agressor sofreu contusões e foi levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Central para atendimento médico.
Já a vítima foi acolhida por uma guarnição da GCM, que prestou apoio no local e a encaminhou para o 7º Distrito Policial de Santos, onde o boletim de ocorrência foi devidamente registrado.
O caso reacende o debate sobre a presença de pessoas com transtornos psiquiátricos sem acompanhamento adequado circulando livremente em áreas públicas. A ausência de políticas efetivas de atenção à saúde mental, aliada ao despreparo estrutural para lidar com surtos de violência imprevisível, levanta questionamentos sobre o papel do poder público na prevenção desse tipo de ocorrência.
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