Gelsenkirchen propõe maconha como alternativa ao álcool para torcedores ingleses, reacendendo discussão sobre políticas de controle em eventos esportivos
Orientaçãoda polícia alemã acalora debate sobre o consumo de maconha e álcool em eventos esportivos como a Eurocopa 2024. |
Como diz o cantor Ventania em sua canção, "só para loucos, caretas, não", a Eurocopa de 2024, sediada na Alemanha, trouxe à tona uma recomendação inusitada por parte da polícia de Gelsenkirchen: torcedores ingleses, notórios por seu consumo excessivo de álcool, foram incentivados a optar pela maconha, substância legalizada no país desde abril, como alternativa durante o torneio.
A declaração do porta-voz da polícia, Stephan Knipp, ao tabloide The Sun, gerou controvérsia ao afirmar que a polícia priorizaria a fiscalização de grupos alcoolizados em detrimento daqueles que consumissem maconha, sob a premissa de que estes últimos seriam menos propensos à violência.
A medida, embora restrita às ruas e não aplicável a ambientes oficiais da Eurocopa, como estádios e festas, reacendeu o debate sobre a eficácia das políticas de controle de substâncias em eventos esportivos, especialmente em relação à prevenção da violência entre torcedores.
Historicamente, a Eurocopa tem sido palco de confrontos entre torcidas, com a Inglaterra figurando como protagonista em episódios marcantes de violência. A polícia alemã, ciente desse histórico, implementou restrições ao consumo de álcool em áreas próximas aos estádios, visando garantir a segurança do evento.
A legalização da maconha na Alemanha em abril deste ano adiciona um novo elemento a essa discussão, levantando questionamentos sobre a relação entre o consumo de diferentes substâncias e o comportamento dos torcedores.
A recomendação da polícia de Gelsenkirchen, embora polêmica, evidencia a busca por soluções inovadoras para lidar com um problema persistente em eventos esportivos. A efetividade dessa abordagem, no entanto, ainda carece de comprovação científica e levanta questões éticas e sociais complexas.
A Eurocopa 2024, além de palco para o futebol, torna-se também um laboratório para o debate sobre políticas de segurança e controle de substâncias, com a Alemanha liderando uma experiência inédita que pode influenciar a forma como outros países lidam com a questão no futuro.
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