Uma tentativa mal planejada de assalto a um carro-forte acaba com um dos suspeitos pedindo ajuda médica em Valinhos, entregando-se sem perceber
Suspeito de assalto a carro-forte é preso após procurar atendimento em unidade médica. |
Um homem suspeito de participar de uma ousada tentativa de roubo a um carro-forte foi preso da maneira mais improvável. Após o fracasso da operação criminosa, que envolveu uma perseguição cinematográfica e troca de tiros na região de Franca, São Paulo, um dos supostos assaltantes foi detido ao procurar ajuda médica. Ferido por tiros de fuzil, o homem dirigiu-se a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Valinhos, na esperança de ser tratado sem levantar suspeitas.
O boletim de ocorrência revela que o suspeito chegou à UPA apresentando múltiplos documentos e uma narrativa desconexa sobre como teria sido ferido. O médico, ao atender o paciente, estranhou a incoerência das explicações, e decidiu encaminhá-lo à Santa Casa para exames mais detalhados. Mal sabia o ferido que seu destino já estava selado. O segundo médico que o atendeu, com um faro clínico para detalhes, imediatamente conectou o caso à tentativa de assalto ao carro-forte, ocorrida apenas dois dias antes.
Carro-forte destruído após tentativa de roubo com explosivos: cenário de destruição e fogo revela a violência do ataque frustrado. |
O assalto, que envolveu pelo menos 16 criminosos fortemente armados, resultou em uma troca de tiros que feriu cinco pessoas, incluindo funcionários da empresa de valores, um policial militar e um civil que, por má sorte, cruzou o caminho dos assaltantes. A operação dos criminosos foi mal executada, mas certamente eles não previam que o elo mais fraco do grupo acabaria delatando-se ao procurar ajuda médica.
No fim, o roubo foi frustrado, os criminosos dispersaram-se, e o improvável aconteceu: um deles, com marcas de tiros pelo corpo, procurou socorro médico sem calcular que a polícia já estava em alerta, conectando os pontos e esperando por qualquer movimentação atípica. Resta apenas imaginar o diálogo constrangedor entre o suspeito e os policiais que o prenderam no hospital. Certamente, um final que mistura um toque de humor amargo e a dureza da realidade criminal.
Apesar de não ter conseguido levar a cabo o roubo, o que esse caso demonstra, mais uma vez, é que o crime organizado nem sempre é tão organizado assim. Quando a falta de planejamento encontra a necessidade urgente de sobreviver, a história termina com uma ironia que nem mesmo o mais criativo roteirista poderia inventar. Fica a pergunta: na mente desse criminoso, o que seria mais importante, escapar com o dinheiro ou simplesmente sair vivo do hospital?
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