A rotina de salvar vidas interrompida por um imprevisto que a coloca na posição de quem precisa ser salva
Socorrista do SAMU sendo atendida após acidente em São Vicente. |
Na dinâmica imprevisível do atendimento pré-hospitalar, socorristas se deparam diariamente com situações de risco. Contudo, a linha tênue entre socorrer e ser socorrido se tornou realidade para uma profissional do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) em São Vicente. A caminho de um chamado na quarta-feira (4), a socorrista sofreu um acidente de trânsito que a transformou em paciente, evidenciando os perigos inerentes à profissão.
A profissional, que pilotava uma "motolância", teve fraturas no punho e no ombro direito após um acidente na Avenida Ayrton Senna da Silva, no bairro Itararé. A ocorrência mobilizou uma equipe do SAMU, que prestou atendimento à colega ferida e a encaminhou ao Pronto-Socorro Central, onde recebeu alta após ser atendida.
O incidente, que interrompeu o socorro a uma idosa de 66 anos que aguardava atendimento, ressalta a vulnerabilidade dos profissionais de saúde que atuam na linha de frente do atendimento de emergências. A pronta ação de um policial militar de folga, que passava pelo local e auxiliou na imobilização da vítima até a chegada do SAMU, demonstra a importância da colaboração e do reconhecimento do trabalho desses profissionais.
A prefeitura de São Vicente, responsável pelo SAMU, informou que outra equipe foi deslocada para atender a ocorrência original, garantindo a continuidade do serviço mesmo diante do imprevisto. A socorrista acidentada, apesar das fraturas, encontra-se consciente e estável, em recuperação.
O acidente serve como alerta para a necessidade de constante atenção e cuidado, mesmo para aqueles que dedicam suas vidas a salvar outras. A rotina de socorristas, repleta de desafios e imprevistos, exige preparo técnico e emocional para lidar com as adversidades, que podem surgir a qualquer momento, inclusive no trajeto até o local da ocorrência.
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