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Bebê retorna da creche com hematomas e lábio sangrando em Praia Grande

Família denuncia silêncio da escola e cobra respostas após criança de 1 ano apresentar diversos machucados; mãe registrou boletim de ocorrência

Mãe registrou boletim de ocorrência após encontrar a filha com hematomas e sangramento na boca ao sair da creche, em Praia Grande. Foto: Reprodução/Redes Sociais.

Uma mãe viveu o que muitos pais consideram o pior pesadelo: sua filha de apenas um ano voltou da creche municipal em Praia Grande com hematomas pelo corpo, sinais evidentes de agressão e o lábio sangrando. O episódio, ocorrido no dia 24 de junho na Creche Municipal João Batista Resine Alves, no Balneário Esmeralda, está cercado de perguntas sem respostas e tem gerado revolta e preocupação na comunidade local.

Segundo relato da mãe, de 31 anos, que teve sua identidade preservada, a bebê apresentava lesões visíveis na testa, costas, pernas e braços, além de estar com dificuldades até para se mover. “Ela não conseguia engatinhar, chorava de dor ao ser trocada. Está toda marcada, até a cabeça tinha manchas roxas”, contou, visivelmente abalada.

A mulher relata que, ao buscar a filha por volta das 17h, notou de imediato o sangramento no lábio da criança e questionou as funcionárias da creche. A resposta, ou melhor, a falta dela, ampliou sua angústia. “Perguntei para a tia o que tinha acontecido. Ela disse que não sabia. Falei: Como assim não sabe, se ficou o dia inteiro com a minha filha?”, desabafou. A diretora foi chamada e confirmou ter visto o sangramento, mas também alegou desconhecer os fatos.

A confusão aumentou no dia seguinte, quando a mãe voltou à unidade em busca de esclarecimentos. Enquanto uma funcionária afirmou que o incidente ocorreu de manhã, outras disseram que teria sido à tarde — um detalhe que poderia parecer banal, mas evidencia contradições e fragilidade no acompanhamento da criança durante o expediente escolar.

Mesmo sem explicações, a mãe, sem alternativa e confiando na instituição, deixou novamente a bebê na creche. No fim do dia, a pequena retornou "tristinha", segundo descreveu a mulher. Ao chegar em casa, a mãe se deparou com mais lesões. “Ela estava toda roxa, dos braços às pernas. Até partes da cabeça estavam machucadas. Foi quando eu fiz o boletim de ocorrência”.

A criança foi levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Samambaia e submetida a atendimento médico. Em seguida, a mãe também procurou uma unidade de saúde para a realização de exame de corpo de delito, com o objetivo de esclarecer a origem das lesões.

O caso foi registrado como lesão corporal na Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Praia Grande. A Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) confirmou o registro e declarou que a Polícia Civil apura o ocorrido.

Em nota oficial, a Prefeitura de Praia Grande, por meio da Secretaria de Educação (Seduc), afirmou repudiar veementemente qualquer tipo de maus-tratos e garantiu que uma apuração interna foi iniciada. Segundo a nota, caso sejam encontrados indícios de irregularidades na conduta de servidores, estes serão submetidos a processo administrativo disciplinar, conforme determina a legislação municipal.

Apesar das manifestações institucionais, a dor e a revolta da mãe permanecem. Até o momento, ela diz não ter recebido explicações convincentes sobre o que, de fato, ocorreu com sua filha dentro da unidade escolar.

O caso reacende um debate urgente: até que ponto pais podem confiar que seus filhos estão seguros nas instituições públicas de ensino infantil? E mais do que isso — o que está sendo feito para garantir que situações como essa não se repitam, deixando crianças indefesas expostas a riscos e pais reféns do silêncio institucional?


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