Proprietária de 41 anos mantinha idosos em condições sub-humanas e utilizava furtos de água e energia; operação conjunta interditou o local
Imóvel interditado em Itanhaém era palco de maus tratos a idosos e animais; proprietária foi presa em flagrante. |
Uma mulher de 41 anos foi presa em flagrante na cidade de Itanhaém, sob acusações de maus tratos a idosos e animais, além de furtar água e energia elétrica em uma casa clandestina de repouso. A operação, realizada pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG), contou com o apoio da Vigilância Sanitária e da Assistência Social, e resultou na interdição do estabelecimento. O caso ocorreu na quarta-feira (4), na Rua Coronel Joaquim Branco, no bairro Jardim Aguapeu.
De acordo com a Polícia Civil, as condições encontradas no local eram degradantes. A casa, que abrigava seis idosos, apresentava problemas graves de higiene, com ambiente insalubre e sem o mínimo necessário para a subsistência dos moradores. Não havia comida armazenada, seja na despensa ou na geladeira, e os idosos relataram sofrer de fome constante. Imagens registradas pelas autoridades mostram a precariedade do espaço, evidenciando o descaso para com os abrigados.
Além da situação dos idosos, a operação também constatou maus tratos a dois cachorros que viviam na propriedade. Os animais, assim como os idosos, estavam submetidos a condições de sofrimento, sem cuidados básicos ou alimentação adequada. A Secretaria de Meio Ambiente foi acionada para acompanhar o resgate dos cães e garantir que recebessem os devidos cuidados.
Outro agravante identificado pela equipe de fiscalização foi a presença de ligações clandestinas de água e energia elétrica no imóvel. A prática criminosa gerava riscos à segurança de todos os presentes e configurava furto de serviços públicos. Com base nas evidências coletadas, a casa foi imediatamente interditada, e a proprietária presa em flagrante.
Após o resgate, os idosos foram encaminhados para a rede de assistência social de Itanhaém, onde receberam os cuidados necessários. A situação de cada um dos abrigados será avaliada individualmente, e as famílias, uma vez localizadas, deverão prestar depoimento à Polícia Civil. Se for comprovado que os familiares tinham ciência das condições degradantes e se omitiram, poderão ser responsabilizados judicialmente.
As autoridades seguem investigando o caso para determinar a extensão dos crimes cometidos. Além de responder pelos maus tratos aos idosos e animais, a acusada também será responsabilizada pelas ligações clandestinas de água e energia. O impacto psicológico nos idosos, que passaram por esse período de negligência, também será analisado, com suporte de profissionais de saúde.
A ação da Delegacia de Investigações Gerais, somada à atuação rápida da Vigilância Sanitária e da Assistência Social, evitou que o sofrimento dos idosos se prolongasse e garantiu o encaminhamento adequado das vítimas. A comunidade local também será incentivada a reportar possíveis casos semelhantes, contribuindo para que situações de violação de direitos humanos sejam prontamente identificadas e tratadas pelas autoridades competentes.
0 Comentários