City Transportes acusa a prefeitura de atrasos milionários e alerta para colapso iminente; serviço pode parar amanhã, quinta-feira (19)
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| Tensão cresce com a possibilidade de paralisação do transporte coletivo em Guarujá. |
O transporte público de Guarujá encontra-se à beira de um colapso. A City Transportes, concessionária responsável pelos ônibus municipais, emitiu um alerta dramático: caso a prefeitura não regularize os repasses financeiros que estão atrasados há até sete meses, o serviço será suspenso a partir da tarde desta quinta-feira (19). A população, dependente dos ônibus para trabalho, escola e atendimento médico, aguarda em um misto de angústia e revolta.
De acordo com comunicado oficial assinado por Marcelo Pepe, diretor da City Transportes, a empresa afirma que "diversas tentativas de contato" foram realizadas junto à Prefeitura de Guarujá, incluindo a entrega de um requerimento formal direcionado ao prefeito Válter Suman, ao secretário de Finanças Adalberto Ferreira da Silva e à secretária de Mobilidade Urbana Ana Valéria de Amorim Queiroz. No entanto, alega que não obteve resposta concreta ou soluções efetivas.
Segundo a empresa, os atrasos acumulados tornam insustentável a manutenção do serviço, que depende diretamente dos repasses municipais para cobrir custos operacionais, incluindo combustível, manutenção dos veículos e o pagamento de seus colaboradores. Como medida emergencial, a City Transportes não descarta a emissão de avisos prévios de demissão coletiva caso a situação persista.
Em resposta à notificação da concessionária, a Prefeitura de Guarujá declarou, também na terça-feira (17), que está ciente das demandas apresentadas e que adotaria "as medidas cabíveis" para solucionar o impasse. Contudo, a nota oficial não especifica quais serão essas medidas, tampouco fornece um cronograma claro para o pagamento dos repasses em atraso. A ausência de informações detalhadas por parte do governo municipal alimenta a incerteza e intensifica o clima de tensão.
Enquanto isso, os riscos associados a uma eventual paralisação total do transporte coletivo, além do impacto direto sobre os usuários, que incluem trabalhadores, estudantes e idosos, pode desencadear uma cascata de problemas sociais, como aumento do desemprego, sobrecarga em outros modais de transporte e colapsos pontuais em setores essenciais.
A situação ilustra um dilema recorrente em cidades de médio porte, onde o equilíbrio entre arrecadação e despesas é fragilizado por gestões financeiras controversas. A relação entre a prefeitura e a City Transportes é frequentemente marcada por atritos, mas a atual crise representa um ponto de ruptura que pode ter consequências graves e duradouras.
Caso a paralisação se concretize, Guarujá enfrentará não apenas problemas logísticos imediatos, mas também uma possível batalha jurídica entre as partes envolvidas. Para os munícipes, resta a esperança de que a prefeitura e a concessionária cheguem a um acordo antes que os ônibus parem de circular.
Sete meses de atrasos: A City Transportes alega que a prefeitura deixou de realizar os repasses previstos no contrato de concessão desde meados de abril, acumulando uma dívida substancial.
Tentativas de contato: A empresa afirma que enviou várias notificações formais e realizou reuniões sem que houvesse avanço significativo nas negociações.
Aviso de paralisação: Em comunicado emitido na terça-feira (17), a concessionária estipulou o prazo de 48 horas para o pagamento dos valores devidos, sob pena de suspensão do serviço.
Cerca de 300 mil habitantes dependem do transporte público em Guarujá, que também é um destino turístico popular. Uma paralisação pode resultar em caos generalizado, com impactos severos para trabalhadores de setores essenciais e para a economia local. O agravamento da situação também poderia afetar a imagem da cidade, já marcada por desafios socioeconômicos significativos.
Com o prazo final se aproximando, a tensão aumenta. Amanhã, quinta-feira (19) promete ser um dia decisivo para o futuro do transporte público de Guarujá e para a qualidade de vida de seus cidadãos.
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