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Foragido da Justiça: A vida dupla de Rogerinho e sua amizade com Da Cunha; "amigo da vida toda"

 Investigador acusado de ligação com o PCC gravava vídeos com ex-delegado e deputado federal Carlos Alberto da Cunha

Rogerinho Punisher, foragido da justiça, ao lado do ex-delegado Carlos Alberto da Cunha em uma de suas gravações.

O investigador da Polícia Civil Rogério Almeida Felício, conhecido como Rogerinho Punisher, está foragido desde esta última terça-feira (17/12), acusado de ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e de participação em extorsões ao corretor Vinícius Gritzbach. A história de Rogerinho é marcada por uma vida dupla, onde ele ostentava luxo nas redes sociais e mantinha uma amizade próxima com o deputado federal e ex-delegado Carlos Alberto da Cunha, também envolvido em polêmicas judiciais.

Rogerinho, que atuava como segurança do cantor Gusttavo Lima, era uma figura conhecida nas redes sociais, onde acumulava cerca de 70 mil seguidores no Instagram. Apesar de seu salário de R$ 7 mil, ele exibia uma vida de luxo, o que levantou suspeitas sobre suas atividades. Sua amizade com Da Cunha, que se tornou réu por abuso de autoridade e constrangimento ilegal, é um dos pontos mais controversos de sua trajetória.

Em maio de 2022, durante uma entrevista a um podcast, Da Cunha defendeu Rogerinho, afirmando que ele era seu amigo de longa data e que haviam se encontrado recentemente para tomar refrigerante e comer esfirra. Da Cunha, que também responde por violência doméstica, destacou a pressão que seus antigos colegas enfrentavam dentro da Polícia Civil.

Rogerinho foi alvo de um mandado de prisão expedido no âmbito da Operação Tacitus, deflagrada pela Polícia Federal em parceria com o Ministério Público de São Paulo. A operação resultou na prisão de outras sete pessoas, incluindo um delegado e três policiais civis. O grupo foi citado por Vinícius Gritzbach em depoimento à Corregedoria da Polícia Civil, onde afirmou que os policiais teriam cobrado R$ 40 milhões e recebido pelo menos R$ 1 milhão para livrá-lo de uma investigação sobre a morte de Anselmo Santa Fausta, líder do PCC conhecido como "Cara Preta".

Oito dias após o depoimento, Gritzbach foi assassinado com 10 tiros de fuzil no Aeroporto de Guarulhos, um crime que chocou a opinião pública e levantou ainda mais suspeitas sobre a rede de corrupção e violência envolvendo membros da Polícia Civil.

Carlos Alberto da Cunha, mencionado por Rogerinho como um amigo próximo, foi afastado da Polícia Civil após suspeitas de que teria obrigado uma vítima de sequestro a voltar para o cativeiro para gravar um vídeo para seu canal no YouTube. Da Cunha, que se tornou réu por constrangimento ilegal, também mencionou em entrevista a pressão que seus colegas enfrentavam devido à sua associação com ele.

Rui Ferraz Fontes, então delegado-geral da Polícia Civil, foi citado por Da Cunha como uma figura central na pressão exercida sobre os policiais que trabalharam com ele. Segundo Da Cunha, seus antigos colegas enfrentavam uma "faca no pescoço".

A história de Rogerinho e Da Cunha revela um lado sombrio das forças de segurança, onde a corrupção e a violência se entrelaçam com a vida pública e privada de seus membros. A Operação Tacitus e os desdobramentos das investigações prometem trazer à tona mais detalhes sobre a extensão das atividades ilícitas e a rede de proteção que permitiu que tais crimes ocorressem.

A sociedade aguarda com expectativa os próximos passos das autoridades na busca por justiça e transparência, enquanto a imagem da Polícia Civil sofre um duro golpe com as revelações de corrupção e abuso de poder.



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