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Desfecho fatal: Homem é morto a facadas por mulheres após descumprir medida protetiva em Cubatão

Em legítima defesa, esposa e acompanhante reagem contra agressor reincidente em cenário de violência doméstica

Delegacia de Polícia de Cubatão, onde mais um caso de violência doméstica que terminou em tragédia foi registrado.

A manhã desta última quarta-feira (25), amanheceu carregada de tensão no bairro Fabril, em Cubatão, onde mais um capítulo brutal da violência doméstica foi escrito com sangue e desespero. Duas mulheres, de 25 e 44 anos, apresentaram-se espontaneamente à polícia após esfaquearem fatalmente um homem de 33 anos, que havia descumprido uma medida protetiva concedida à sua ex-companheira.

O confronto, que culminou na morte do agressor, ocorreu por volta das 7h54 na Rua Caminho dos Pilões. Segundo relatos contidos no boletim de ocorrência, o homem teria invadido o local, desrespeitando a ordem judicial que o proibia de se aproximar da esposa. Em um momento de tensão crescente, ele teria lançado duas facas no chão, empunhando uma terceira arma branca e avançado agressivamente contra as duas mulheres.

Diante da ameaça iminente, as duas mulheres agarraram as facas lançadas no chão e, em legítima defesa, desferiram golpes que atingiram o tórax do agressor. Ferido gravemente, ele ainda foi socorrido por familiares e encaminhado ao Pronto-Socorro Central de Cubatão, mas não resistiu aos ferimentos e veio a óbito.

Logo após o ocorrido, em meio ao choque e à urgência de formalizar a narrativa dos fatos, as mulheres fugiram do local. Seguindo orientações da Polícia Rodoviária Militar, apresentaram-se voluntariamente a uma unidade policial, onde relataram detalhes do confronto.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que as facas utilizadas no ataque não foram localizadas até o momento. A perícia técnica foi requisitada ao Instituto Médico Legal (IML) para esclarecer as circunstâncias exatas do crime. O caso foi registrado como homicídio, lesão corporal de natureza grave e descumprimento de medida protetiva de urgência.

A tragédia de Cubatão não é um caso isolado. O descumprimento de medidas protetivas, uma prática recorrente em cenários de violência doméstica, continua a desafiar as autoridades e a expor vítimas ao risco constante de agressão e morte. Embora as medidas judiciais representem um avanço na proteção de mulheres em situação de vulnerabilidade, sua eficácia depende, em grande parte, do cumprimento rigoroso por parte dos agressores e da fiscalização eficiente pelas forças de segurança.

Enquanto o inquérito segue em andamento na Delegacia de Polícia de Cubatão, a história dessas duas mulheres — que tiveram de escolher entre reagir ou morrer — lança luz sobre a urgente necessidade de reforço nos mecanismos de proteção e fiscalização.



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