Mais um episódio de ineficiência e falta de planejamento, desta vez com reflexos diretos na vida de milhares de pessoas
O incidente mais uma vez expõe a fragilidade da infraestrutura e a necessidade de investimentos em soluções de longo prazo. Foto: CCI/Artesp. |
A rotina de quem trafega pela Rodovia Mogi-Bertioga foi mais uma vez interrompida por um problema crônico: o deslizamento de terra. Na madrugada desta sexta-feira (27), um novo episódio da saga de ineficiência e falta de planejamento na região deixou a rodovia parcialmente interditada no quilômetro 85, sentido sul, causando longas filas e transtornos aos usuários.
A via, que liga a região do Alto Tietê ao litoral norte paulista, é essencial para o escoamento da produção e para o turismo. No entanto, a frequência com que ocorrem deslizamentos e outros problemas infraestruturais demonstra a fragilidade do sistema e a falta de investimento em soluções de longo prazo.
Segundo informações da Defesa Civil, equipes da Concessionária Novo Litoral (CNL) estão trabalhando para liberar as pistas o mais rápido possível. A Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) informou que, no sentido norte, o tráfego está sendo operado no sistema "Pare e Siga".
A cada nova ocorrência, a pergunta que não quer calar é: até quando essa situação se repetirá? Especialistas em engenharia e geologia alertam para os riscos da região há anos, mas as medidas preventivas parecem ser insuficientes. A combinação de fatores como chuvas intensas, desmatamento e ocupação irregular do solo agrava o problema e torna os deslizamentos cada vez mais frequentes e perigosos.
A população, por sua vez, sofre as consequências diretas dessa falta de planejamento. Comerciantes que dependem do fluxo de veículos na rodovia veem suas vendas diminuírem, turistas têm suas viagens prejudicadas e trabalhadores enfrentam longas jornadas para chegar aos seus destinos.
É preciso que as autoridades responsáveis atuem de forma mais incisiva para solucionar esse problema crônico. A implementação de sistemas de drenagem eficientes, a realização de obras de contenção e a fiscalização rigorosa das construções nas áreas de risco são algumas das medidas que podem contribuir para reduzir os riscos de deslizamentos.
Além disso, é fundamental investir em alternativas de transporte para desafogar o tráfego na rodovia Mogi-Bertioga. Um reflexo da falta de planejamento e da gestão ineficiente dos recursos públicos. A população exige soluções efetivas e duradouras para esse problema, que impacta diretamente a qualidade de vida de milhares de pessoas.
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