Bebidas alcoólicas, insultos e danos ao patrimônio: o caso que abalou a credibilidade da PM em Caraguatatuba e resultou na demissão de dois soldados
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| Caraguatatuba foi palco de um caso que expõe falhas graves de conduta na PM, gerando indignção e reforçando demandas por maior ética e disciplina na corporação. |
A cidade de Caraguatatuba, no litoral, foi palco de um escândalo envolvendo a corporação da Polícia Militar. Em uma decisão enérgica, o comandante da PM paulista, coronel Kássio Araújo de Freitas, determinou a demissão dos soldados Leandro Lopes Pereira e Diogo Alves por faltas graves que colocaram em xeque a disciplina e a honra da instituição. O episódio, que ganhou ampla repercussão, revelou atos incompatíveis com os valores da corporação e deixou marcas na credibilidade da segurança pública local.
O caso teve início com uma denúncia formal apresentada contra os militares. Segundo o relato, Pereira e Alves abandonaram a área de atuação que lhes fora designada e, durante o horário de serviço, foram flagrados consumindo bebida alcoólica em companhia de uma viatura oficial. Ao retornarem ao 20º Batalhão de Polícia do Interior (20º BPM/I), em Caraguatatuba, o comportamento da dupla escalou para atos ainda mais graves.
Diante do oficial de plantão, o soldado Diogo Alves reagiu de forma descontrolada. Além de proferir ofensas e desacatar seu superior hierárquico, ele chegou a quebrar objetos que pertencem ao patrimônio da corporação, demonstrando um total desrespeito às normas disciplinares. A situação foi levada à Corregedoria da Polícia Militar, que instaurou um procedimento administrativo para investigar os fatos.
O Conselho Disciplinar, órgão colegiado responsável por julgar as condutas de militares, analisou o caso à luz do Regulamento Disciplinar da PM (Lei 893/01). A apuração concluiu que Pereira e Alves infringiram os artigos 12 e 13 da legislação, cometendo infrações como:
Desrespeito a superior hierárquico, abandono da área de atuação durante o serviço policial-militar, consumo de bebidas alcoólicas em serviço, danos ao patrimônio público, apresentação inadequada em uniformes alterados ou diferentes dos previstos.
O coronel Kássio Araújo de Freitas reafirmou a necessidade de manter padrões elevados de conduta na corporação, destacando que atos como os praticados pelos soldados não serão tolerados. "A população confia em nós para garantir a segurança e proteger a ordem. Qualquer comportamento que viole essa confiança será tratado com o devido rigor", declarou o comandante.
O caso gerou perplexidade entre os moradores de Caraguatatuba. Em uma região que enfrenta desafios relacionados à segurança pública, a conduta dos dois militares reforçou preocupações sobre a integridade de alguns agentes da lei. Nas redes sociais, internautas expressaram indignação, enquanto lideranças comunitárias cobraram medidas rápidas para evitar a repetição de episódios semelhantes.
Entidades que monitoram a atuação policial também se manifestaram, pedindo maior rigor nos processos de seleção e treinamento dos policiais. Segundo especialistas, a prevenção de desvios de conduta começa ainda na formação dos militares, com investimentos em ética e valores institucionais.
Para recuperar a imagem da corporação em Caraguatatuba, a PM paulista anunciou medidas adicionais, incluindo auditorias internas e campanhas de conscientização para reforçar a importância da conduta ética no desempenho das funções policiais. Além disso, serão intensificados os programas de acompanhamento psicológico para agentes em situações de estresse.
Embora a demissão dos soldados represente um encerramento formal do caso, o impacto desse episódio na credibilidade da PM em Caraguatatuba ainda será sentido por algum tempo. A corporação, no entanto, segue firme em sua missão de garantir segurança e justiça, prometendo agir com rigor sempre que seus valores forem colocados em xeque.
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