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Aposta que não deu certo: Polícia investiga trama de "laranja" no contrato milionário entre Corinthians e VaideBet

 Delegado especializado em lavagem de dinheiro conduz inquérito sobre suposto esquema envolvendo intermediário e empresa fantasma

Empresa intermediária do contrato entre Corinthians e VaideBet é investigado pela Polícia Civil por suposto esquema de "laranja".

A Polícia Civil de São Paulo aprofunda as investigações sobre o escândalo que culminou no rompimento do contrato de patrocínio entre o Corinthians e a casa de apostas VaideBet. O foco da investigação se concentra em um suposto esquema de "laranja" envolvendo Alex Cassundé, sócio da Rede Social Media Design, empresa intermediária do acordo milionário.

Cassundé foi notificado para prestar depoimento na próxima terça-feira, 25, na sede da terceira delegacia do Departamento de Polícia de Proteção a Cidadania (DPPC), especializada em casos de lavagem de dinheiro. O delegado Tiago Fernando Correia, responsável pelo inquérito, já ouviu Edna Oliveira dos Santos, apontada como "laranja" no esquema, e deve colher o depoimento de Adriana, outra figura chave na trama, ainda nesta semana.

Segundo o depoimento de Edna, Adriana a teria procurado em Peruíbe para questionar sobre os repasses recebidos em nome da Neoway Soluções Integradas, empresa fantasma utilizada para receber valores da Rede Social Media Design. A empresa de Cassundé teria recebido R$ 1,4 milhão em comissões durante a vigência do contrato, que previa o pagamento de R$ 370 milhões ao Corinthians até o fim de 2026.

A crise entre o clube e a VaideBet se instaurou após a divulgação de notícias sobre o suposto esquema de "laranja". A casa de apostas notificou o Corinthians extrajudicialmente, exigindo esclarecimentos sobre o caso, e rescindiu o contrato em 7 de junho, alegando violação da cláusula anticorrupção.

A Polícia Civil abriu inquérito para apurar a denúncia feita pelo "Blog do Juca Kfouri", que revelou o suposto repasse de parte da comissão do intermediário para a empresa fantasma. Até o momento, duas parcelas de R$ 700 mil foram repassadas pelo clube à Rede Social Media Design.

O Corinthians, por sua vez, notificou a empresa de Cassundé, que prestou serviços durante a campanha do presidente Augusto Melo, exigindo explicações sobre o caso. O clube também se colocou à disposição da Polícia Civil para colaborar com as investigações.

O caso levanta sérias questões sobre a transparência e a lisura nas negociações envolvendo o futebol brasileiro. A trama de "laranjas" no contrato milionário entre Corinthians e VaideBet revela um cenário obscuro, onde interesses escusos podem se sobrepor ao bem do esporte.

A Polícia Civil segue investigando o caso, buscando desvendar os meandros do esquema e responsabilizar os envolvidos.



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