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Justiça decreta prisão de deputado por dívida de pensão: Defesa alega erro no sistema

 Mandado de prisão ainda não emitido; polêmica envolve acusações de agressão

Deputado Zé Trovão enfrenta acusação de não pagamento de pensão alimentícia, alegando erro no sistema de descontos.

Em um desdobramento que promete causar agitação nos círculos políticos e jurídicos, a Justiça de Santa Catarina decretou a prisão do deputado federal Zé Trovão (PL-SC) pelo não pagamento de pensão alimentícia à sua ex-companheira. O juiz Gustavo Schwingel, da Vara da Família de Joinville, assinou o despacho na sexta-feira, 28, destacando uma dívida de aproximadamente R$ 5.200,00.

Todavia, o mandado de prisão ainda não foi emitido, pois a defesa do parlamentar tem um prazo de cinco dias para regularizar o valor devido. Se o pagamento for efetuado, a ordem de prisão será automaticamente revogada.

A defesa de Zé Trovão prontamente classificou a decisão judicial como uma "jogada política baixa" para desestabilizar o deputado. O advogado Fabio Joel Daum, que representa o parlamentar, argumentou que seu cliente nunca deixou de realizar os pagamentos devidos e atribuiu o problema a um erro no sistema de descontos automáticos. Segundo Daum, o sistema vinha descontando 17,5% ou 4,5 salários-mínimos do salário de Zé Trovão, cerca de R$ 5.000,00 mensais. Contudo, o valor correto deveria ser em torno de R$ 6.000,00, resultando na divergência que culminou na atual situação. A defesa sustenta que o deputado não tinha ciência do erro no desconto e que a situação está sendo corrigida.

Por outro lado, a defesa da ex-companheira de Zé Trovão preferiu não se manifestar sobre o processo, mantendo o sigilo sobre suas estratégias jurídicas.

A situação jurídica de Zé Trovão se complica ainda mais devido a acusações de agressão física. Em 2023, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal concedeu uma medida protetiva de urgência a favor de Ana Rosa Schuster Silveira, ex-companheira do deputado. Segundo os relatos, Zé Trovão teria apertado o pescoço de Ana Rosa durante uma discussão, proferindo ameaças de violência. Com a decisão judicial, o deputado foi proibido de se aproximar de Ana Rosa, devendo manter uma distância mínima de 300 metros e abster-se de qualquer contato através de redes sociais. O Tribunal também autorizou a possibilidade de reforço policial para garantir a segurança da vítima.

O caso de Zé Trovão levanta importantes questões sobre a responsabilidade de figuras públicas em cumprir obrigações legais e o impacto de suas ações pessoais na esfera pública. A defesa do deputado aponta para um possível erro administrativo, enquanto a acusação e as medidas protetivas destacam um padrão de comportamento preocupante. A situação requer um acompanhamento atento, tanto pelo sistema judiciário quanto pela sociedade, para assegurar que as normas legais sejam respeitadas e que justiça seja feita de maneira imparcial.

A evolução do caso pode ter implicações significativas para a carreira política de Zé Trovão, bem como para a percepção pública da eficácia e imparcialidade do sistema judiciário brasileiro. À medida que novos detalhes emergem, resta observar como o deputado e sua defesa lidarão com as acusações e quais serão os desdobramentos legais e políticos desse caso.



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