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Funcionários de Lar de Idosos em Santos denunciam atraso nos pagamentos e más condições de trabalho

 Profissionais clamam por salários atrasados, cestas básicas e recolhimento de FGTS, além de denunciarem a falta de condições para o cuidado dos idosos

Funcionários do Lar Evangélico de Amparo à Velhice em manifestação, exigindo o pagamento de salários atrasados e melhores condições de trabalho.

Em uma manifestação carregada de indignação e angústia, os funcionários do Lar Evangélico de Amparo à Velhice, localizado no bairro Vila São Jorge, em Santos, expuseram uma série de problemas alarmantes relacionados ao atraso nos pagamentos e às condições de trabalho. O protesto, que ocorreu nas proximidades da instituição, revelou um cenário preocupante para aqueles que se dedicam ao cuidado dos idosos.

Os trabalhadores denunciam que o salário integral referente ao mês de junho ainda não foi pago, além de não terem recebido as cestas básicas e o recolhimento do FGTS. A situação financeira dos funcionários é tão crítica que muitos se viram obrigados a realizar trabalhos extras para sobreviver. "Todos nós tivemos impacto com atraso, sem salário. Estamos sobrevivendo fazendo bicos como cuidadora, por exemplo", desabafou uma funcionária, destacando o desespero que tomou conta da equipe.

Além das questões salariais, a ausência de profissionais essenciais para o funcionamento adequado do lar é outra grave denúncia. "A instituição não tem médico e nem nutricionista para atender os idosos internos. Além disso, não tem segurança noturno. À noite, ficam duas plantonistas para cuidar de todos os idosos e não tem ninguém na portaria. Há um acúmulo de funções e faltam até produtos de limpeza", afirmou outra funcionária, expondo a precariedade das condições de trabalho.

A estrutura do Lar Evangélico de Amparo à Velhice conta com 41 idosos sob os cuidados de um número reduzido de profissionais: dois funcionários de lavanderia, cinco de copa e cozinha, um porteiro, um auxiliar de manutenção, seis auxiliares de limpeza, uma enfermeira, três técnicos de enfermagem, sete auxiliares, além de 11 cuidadoras de idosos, um assistente social e uma psicóloga. O regime de trabalho é exaustivo, com turnos de 12 horas de trabalho seguidas por 36 horas de descanso, o que agrava ainda mais a situação dos funcionários.

Em resposta às denúncias, a Prefeitura de Santos informou, em nota, que ampliou a parceria com a entidade privada sem fins lucrativos por meio da renovação do convênio formalizada em 4 de julho. O valor da subvenção aumentou de R$ 710 mil para R$ 973 mil por um período de 12 meses, com o pagamento previsto para iniciar em agosto. No entanto, essa medida parece ser insuficiente para sanar as necessidades imediatas dos trabalhadores, que continuam a enfrentar um cotidiano de incertezas e dificuldades financeiras.

A situação no Lar Evangélico de Amparo à Velhice em Santos reflete um problema mais amplo e complexo: a falta de valorização e condições dignas de trabalho para os profissionais que dedicam suas vidas ao cuidado dos idosos. É imperativo que as autoridades competentes tomem medidas urgentes para assegurar que os direitos desses trabalhadores sejam respeitados e que os idosos recebam o cuidado de qualidade que merecem.



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