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Playboy do Porsche: Empresário acusado de provocar acidente mortal utilizava veículo adulterado

 Laudo técnico da Porsche revela alterações e alta velocidade no momento da colisão

Carro de luxo envolvido em acidente fatal: perícia revela alta velocidade e adulterações.

Um relatório técnico da Porsche revelou que o veículo conduzido pelo empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, envolvido em um acidente fatal na zona leste de São Paulo, estava adulterado. A perícia aponta que o Porsche 911 Carrera GTS trafegava a 136 km/h quando colidiu com um carro de aplicativo, causando a morte do motorista Ornaldo da Silva Viana.

Em 31 de março, o trágico acidente tirou a vida de Viana, de 52 anos, e trouxe à tona questões sobre a segurança e responsabilidade no trânsito. A análise detalhada, realizada pelo suporte técnico da montadora alemã, revelou que o veículo do empresário possuía um escapamento não original, alterando a passagem dos gases e aumentando o ruído e a potência do motor.

O suporte técnico da Porsche utilizou a unidade eletrônica do PSM (Porsche Stability Management) para determinar a velocidade no momento do impacto. Esse sistema de controle de estabilidade registrou a velocidade de 136 km/h, muito acima do limite permitido de 50 km/h na Avenida Salim Farah Maluf, local da colisão. Apesar de tentativas de obter dados de velocidade anteriores, o veículo não possuía equipamento de rastreamento ou datalogger instalados.

A leitura do módulo do veículo foi realizada em um pátio da fabricante, com a presença de especialistas da Porsche e peritos criminais. A análise corroborou a estimativa inicial do Núcleo de Apoio Logístico, reforçando a evidência de alta velocidade.

Fernando Sastre de Andrade Filho está preso desde 11 de maio na Penitenciária 2 de Tremembé, conhecida por abrigar detentos de crimes de grande repercussão. Ele é acusado de homicídio qualificado e lesão corporal gravíssima, agravados pelo fato de supostamente estar embriagado no momento do acidente.

O laudo do Instituto de Criminalística da Polícia Civil, divulgado em 23 de abril, já indicava que o veículo estava a aproximadamente 156 km/h, reforçando a responsabilidade do empresário no acidente. A adulteração do escapamento e a alta velocidade são elementos cruciais para a acusação de homicídio qualificado.

Este caso levanta questões fundamentais sobre a fiscalização de veículos de alto desempenho e a responsabilidade dos proprietários. A adulteração de componentes pode levar a consequências trágicas, como demonstrado neste acidente. A utilização de veículos potentes requer não apenas habilidade, mas também responsabilidade e respeito às leis de trânsito.

A segurança no trânsito é uma questão coletiva que demanda o cumprimento rigoroso das normas e uma vigilância constante por parte das autoridades. Incidentes como este destacam a necessidade de políticas mais rigorosas para prevenir acidentes fatais e garantir a segurança de todos.



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