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Tragédia na Serra: criança de 4 anos é brutalmente assassinada por dívida de agiotagem

 Menino é morto a marretadas em retaliação contra a mãe, que era agiota; casal de amigos da família é preso

Criança de 4 anos é brutalmente assassinada junto à mãe agiota. Casal de amigos da família é preso.

Na pacata cidade da Serra, no Espírito Santo, um crime brutal chocou a comunidade e expôs a face mais cruel da vingança e do desespero humano. No dia 15 de julho, Higor Gabriel Deambrósio, um menino de apenas quatro anos, foi encontrado morto ao lado da mãe, Priscila dos Santos Deambrósio, em um cenário de horror que deixou marcas profundas em todos que tomaram conhecimento do ocorrido.

Priscila, uma agiota conhecida na região, tinha uma dívida de R$ 10 mil a receber de Ricardo Elias Santana, de 45 anos, e Lavelina Noemia de Oliveira, de 35, amigos da família. O que parecia ser apenas uma relação de amizade e negócios transformou-se em uma tragédia indescritível quando o casal, temendo ser identificado e cobrado, decidiu resolver a situação de forma bárbara.

De acordo com Fernanda Diniz, delegada adjunta da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher do Espírito Santo, o plano inicial dos suspeitos era assassinar apenas Priscila. Enquanto Ricardo levava Priscila ao quintal para executar o crime, Lavelina ficou dentro da casa com o pequeno Higor. No entanto, o que era para ser uma execução rápida e silenciosa, tomou um rumo inesperado quando Priscila, em seus momentos finais, gritou por ajuda.

Ao ouvir os gritos da mãe, Higor correu para o quintal na tentativa de socorrê-la. Foi nesse momento que o horror se concretizou de maneira ainda mais cruel. Temendo que a criança pudesse reconhecer os dois em uma eventual investigação, Ricardo não hesitou em golpear o menino na cabeça com uma marreta. "A criança foi para a parte externa da casa e, vendo a mãe já sendo agredida, correu em direção ao suspeito suplicando para que ele parasse. Então, foi dada uma martelada na cabeça da criança, justamente porque ela reconheceria eles nas investigações", relatou a delegada.

O pai de Higor encontrou os corpos de Priscila e do menino na varanda da casa, ambos ensanguentados e com sinais de agressões contínuas. A arma do crime, uma marreta, não foi imediatamente identificada, mas foi encontrada posteriormente na casa dos suspeitos, localizada no mesmo bairro das vítimas. Além do assassinato brutal, Ricardo e Lavelina ainda roubaram dinheiro, joias e eletrônicos, deixando um bilhete sob o corpo de Priscila na tentativa de enganar a polícia e desviar a investigação.

A detenção do casal ocorreu quatro dias após o crime, trazendo um mínimo de alívio para uma comunidade devastada. Não é a primeira vez que Ricardo e Lavelina se veem envolvidos em crimes de tamanha gravidade; eles já respondem por outros dois assassinatos e uma tentativa de homicídio.

Este caso levanta questões profundas sobre a vulnerabilidade das crianças em contextos de violência doméstica e criminalidade, e sobre a extensão do desespero humano quando dívidas e vingança se entrelaçam de forma tão trágica. A brutalidade do ato e a frieza dos assassinos são reflexos de uma sociedade que precisa urgentemente de medidas mais eficazes para prevenir tais tragédias e proteger os mais inocentes.



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