Falhas na segurança do Centro de Progressão Penitenciária de Mongaguá levam à fuga de cinco reeducandos
Vista aérea do Centro de Progressão Penitenciária Dr. Rubens Aleixo Sendin, palco da recente fuga de cinco detentos. |
Na madrugada desta quarta-feira (31), o Centro de Progressão Penitenciária Dr. Rubens Aleixo Sendin, localizado no bairro Balneário, em Mongaguá, foi palco de uma fuga audaciosa que expôs fragilidades no sistema penitenciário. Aproveitando-se de uma brecha na cozinha da unidade, cinco detentos escaparam, levantando questões sobre a eficácia das medidas de segurança e a supervisão na instituição de regime semiaberto.
A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) relatou que, por volta das 1h30, agentes penitenciários identificaram o grupo de reeducandos do lado de fora de um dos pavilhões habitacionais. A detecção não foi suficiente para conter a fuga: mesmo com o alarme acionado, os detentos conseguiram escalar o alambrado que circunda a unidade e se embrenhar na área de mata adjacente.
Os fugitivos foram identificados como Lucas Matheus Silva dos Santos, de 18 anos, Vinicius Silva Castro, de 26 anos, e Kevin Matos Carvalho, de 19 anos. As idades dos outros dois detentos não foram divulgadas. A Polícia Militar foi acionada imediatamente, iniciando buscas intensivas na região, mas até o momento, os foragidos não foram recapturados.
Esse episódio revela uma falha alarmante no sistema de monitoramento e na segurança do CPP de Mongaguá. Detentos em regime semiaberto possuem a prerrogativa de trabalhar e estudar fora da unidade, desde que devidamente autorizados judicialmente. No entanto, a vulnerabilidade demonstrada neste incidente levanta questionamentos sobre a supervisão e os protocolos de segurança vigentes.
A comunidade local e os familiares dos internos ficaram apreensivos com a notícia, temendo pela segurança e pelo possível impacto no cotidiano. A SAP assegurou que, uma vez recapturados, os detentos sofrerão regressão ao regime fechado, perdendo os benefícios do semiaberto. Entretanto, a efetividade desta medida punitiva está sendo debatida, visto que a fuga evidencia um problema sistêmico que vai além das punições individuais.
A fuga dos detentos expõe a necessidade urgente de revisão das práticas de segurança e supervisão dentro das unidades penitenciárias, especialmente aquelas de regime semiaberto. A sociedade aguarda respostas e ações concretas que possam evitar novas ocorrências desse tipo, garantindo a segurança tanto dentro quanto fora dos muros das instituições penais.
0 Comentários