Acusação envolve crime de alta gravidade e abala a credibilidade da classe política local
![]() |
Foto tirada na delegacia de Peruíbe, local onde o vereador foi conduzido após a prisão. |
Na tarde de 10 de dezembro, a cidade de Peruíbe foi palco de um escândalo que promete reverberar por muito tempo. O vereador Ivan Martins Colares, filiado ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB), foi preso sob a acusação de estupro de vulnerável, em uma operação conduzida pela 1ª Delegacia de Polícia do município. A ordem de prisão foi emitida no mesmo dia, culminando na captura do parlamentar, de 38 anos, em sua residência. O caso lança uma sombra sobre a política local e provoca questionamentos sobre a segurança e a integridade de suas lideranças.
De acordo com o delegado Ricardo Wagner Zaitune, responsável pela investigação, Colares foi encontrado sem resistência. Embora não portasse nada ilícito, a apreensão de dois celulares e um passaporte levanta hipóteses sobre possíveis tentativas de fuga ou conexões externas relevantes para o caso. Os aparelhos passarão por perícia para verificar se contêm informações relacionadas ao crime.
Após a prisão, o vereador foi conduzido à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) local, onde exames confirmaram sua integridade física, garantindo que não houvesse alegações de maus-tratos. Em seguida, Colares foi transferido para a Cadeia Pública de Peruíbe, onde permanece à disposição da Justiça. A esposa do vereador foi notificada sobre o ocorrido e compareceu à delegacia para formalidades legais, recebendo uma cópia do boletim de ocorrência.
No dia seguinte, Colares participou de uma audiência de custódia realizada por videoconferência. O procedimento, que durou apenas um minuto e três segundos, resultou na manutenção de sua prisão temporária. Segundo documentos do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), o vereador não apresentou queixas em relação à abordagem policial ou às condições de detenção.
A prisão de Colares gerou indignacão entre os moradores de Peruíbe, muitos dos quais manifestaram repúdio à situação nas redes sociais. Entidades de defesa dos direitos das crianças e adolescentes também se mobilizam para acompanhar o desenrolar do caso. Em contrapartida, o PCdoB ainda não se manifestou oficialmente sobre a acusação, alimentando especulações sobre possível expulsão do parlamentar dos quadros partidários.
A investigação segue sob sigilo para proteger detalhes do caso, mas há uma expectativa de que novos desdobramentos possam ocorrer com base nas análises dos celulares apreendidos. O vereador permanecerá preso preventivamente até que a Justiça decida sobre um eventual pedido de conversão para prisão preventiva ou liberdade provisória, caso não sejam encontradas evidências adicionais que corroborem as acusações.
O caso de Ivan Martins Colares é um alerta contundente sobre a necessidade de maior escrutínio sobre os detentores de mandatos eletivos, especialmente em cargos que exigem ética e compromisso com o bem-estar coletivo. A população de Peruíbe aguarda, com ansiedade e revolta, que a Justiça seja feita.
0 Comentários