Últimas Notícias

8/recent/ticker-posts

Sangue, roubo e polêmica em Itanhaém: Irmãs detidas por latrocínio de empresário idoso em pousada no Cibratel I

 Jovem de 20 anos e adolescente de 16 confessam o crime, alegando legítima defesa após assédio; vítima foi espancada e roubada em mais de R$ 7 mil

Delegacia de Investigações Gerais de Itanhaém foi responsável pela elucidação do caso de latrocínio brutal em Itanhaém.

Uma trama digna de um roteiro sombrio chocou Itanhaém, quando um idoso de 70 anos, dono de uma pousada no bairro Cibratel I, foi encontrado morto em circunstâncias brutais. O que começou como um suposto encontro amigável se transformou em um caso de latrocínio – roubo seguido de morte – com elementos de traição, polêmica e investigação minuciosa. O crime aconteceu no último dia 04.

Duas irmãs são as principais suspeitas: uma jovem de 20 anos, presa, e sua irmã adolescente, de 16, apreendida. Em depoimento à Polícia Civil, ambas admitiram o envolvimento na morte do empresário, mas alegaram legítima defesa, afirmando terem reagido a um assédio. Porém, a sequência de eventos, sustentada por provas robustas, levantou sérias dúvidas sobre essa versão.

O corpo do idoso foi encontrado dentro da pousada que administrava, apresentando sinais evidentes de agressões na região da cabeça. A cena macabra mobilizou a Polícia Civil e o setor de investigações da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), que rapidamente iniciaram uma operação complexa para elucidar o crime.

A investigação teve um ponto de virada com a análise de câmeras de segurança da região, cedidas pela Guarda Civil Municipal (GCM). As imagens mostraram uma das irmãs chegando ao local do crime acompanhada de um motorista de aplicativo. Uma leitura minuciosa da placa do veículo foi realizada, permitindo o rastreamento e identificação das suspeitas.

Com as jovens identificadas, a equipe da DIG cruzou dados telemáticos e bancários da vítima. Logo após o crime, foram detectadas transferências de R$ 7,7 mil das contas do idoso diretamente para as contas bancárias das irmãs. O registro dessas transações colocou as suspeitas no centro das investigações e desafiou a narrativa de legítima defesa apresentada por elas.

Na residência das irmãs, os policiais encontraram as roupas usadas no dia do crime, fato que corroborou ainda mais a participação das duas no homicídio.

Durante o interrogatório conduzido pela Polícia Civil, as irmãs confessaram ter matado o idoso, mas negaram que o dinheiro tenha sido o principal motivo do ato. De acordo com o delegado responsável pelo caso, Arilson Veras Brandão, a confissão trouxe detalhes importantes para a reconstituição do crime, mas deixou lacunas que a investigação pretende aprofundar.

"As transações financeiras logo após a morte e o comportamento das suspeitas demonstram que a intenção foi claramente o roubo. Ainda assim, as irmãs preferiram alegar uma reação a um assédio, versão que será avaliada durante o processo", esclareceu o delegado.

A maior de idade responderá por latrocínio consumado – crime que prevê pena de 20 a 30 anos de prisão – e corrupção de menores. A adolescente, por sua vez, responderá por ato infracional análogo ao mesmo crime.

O caso trouxe à tona o uso de tecnologia de ponta e um meticuloso cruzamento de dados para solucionar crimes violentos. Câmeras de segurança, análises bancárias e monitoramento em redes sociais foram essenciais para esclarecer o latrocínio. Segundo a polícia, o uso de ferramentas tecnológicas foi decisivo para apontar a participação das irmãs no homicídio e na subsequente movimentação financeira.

"A operação concluiu que o crime está totalmente esclarecido. O conjunto de provas não deixa espaço para dúvidas", afirmou a Polícia Civil em nota oficial.



Tags: #Latrocínio #Itanhaém #PolíciaCivil #Violência #Investigacao #SegurancaPublica #CrimeNoLitoral

Postar um comentário

0 Comentários