Invasão ao Cemitério da Areia Branca aciona GCM e frustra planos macabros (ou apenas inexplicáveis) de dois indivíduos munidos de alicates
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Flagrante no Cemitério: A dupla detida pela GCM após a insólita invasão noturna. Foto: Prefeitura de Santos. |
A tranquilidade do Cemitério da Areia Branca, em Santos, foi abruptamente interrompida na noite da última quinta-feira (20) por uma dupla com inclinações, digamos, pouco convencionais. Por volta das 20h30, enquanto a maioria dos cidadãos se recolhia para seus lares, estes dois sujeitos decidiram que o local de repouso final seria o destino ideal para uma visita noturna, escalando o portão lateral com uma agilidade surpreendente para quem, presumivelmente, não tinha pressa em se juntar aos moradores dali.
O que os invasores talvez não tivessem considerado em seus planos – fossem eles quais fossem – era a moderna tecnologia de segurança que vela pelo sono eterno dos que já partiram. O sistema de alarme do cemitério, sempre vigilante, detectou a presença indesejada e, como um bom fofoqueiro eletrônico, disparou um alerta direto para o Centro de Controle Operacional (CCO). A resposta da Guarda Civil Municipal (GCM) foi tão rápida quanto um espírito que se lembra de ter esquecido algo importante no mundo dos vivos.
Enquanto as viaturas da GCM se dirigiam ao local a toda velocidade, os operadores do CCO, certamente com um misto de incredulidade e profissionalismo, acompanhavam os movimentos da dupla através das câmeras de segurança. A cena, digna de um filme de terror de baixo orçamento, mostrava os dois indivíduos vagando pelo cemitério, alheios à iminente chegada das autoridades.
A intervenção da GCM foi cirúrgica. Os agentes, acostumados a lidar com as mais diversas ocorrências, certamente não esperavam encontrar dois “turistas” noturnos em um cemitério, munidos de nada mais que dois alicates. A rápida ação da guarda impediu que a dupla concretizasse qualquer que fosse seu objetivo, frustrando qualquer tentativa de subtração de “lembrancinhas” ou de realizar alguma reforma não autorizada nas sepulturas. Afinal, mesmo no além, a burocracia prevalece.
Com a missão “perturbação do sossego alheio (eterno)” aparentemente falhada, os dois homens foram devidamente encaminhados para a Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Santos. Lá, foi lavrado um Boletim de Ocorrência por dano ao patrimônio público, um delito que, convenhamos, ganha um tom particularmente sombrio quando o patrimônio em questão é um cemitério.
A ironia da situação não passou despercebida: nem mesmo a morte garante a tranquilidade em nosso agitado mundo.
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