Rajadas acima de 110 km/h derrubam árvores, estruturas metálicas e paralisam balsas em vários municípios da região
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Estrutura metálica de posto de gasolina desabou em Praia Grande com a força dos ventos de mais de 110 km/h. Foto: Reprodução/Redes Sociais. |
A Baixada Santista foi surpreendida, na madrugada desta segunda-feira (28), por ventos intensos que chegaram a 111 km/h, deixando um rastro de destruição e transtornos em diversos municípios. A Defesa Civil de Santos confirmou que a origem do fenômeno foi a formação de um ciclone extratropical na costa do Rio Grande do Sul, intensificado pela passagem de uma frente fria que já havia motivado alerta emitido pela Marinha no último sábado (26).
Em Santos, a estação meteorológica da Praticagem, localizada na Ponta da Praia, registrou às 2h36 uma rajada de 111,55 km/h — uma velocidade equiparável à de furacões de categoria 1. A ventania causou a queda de galhos sobre a rede elétrica na Rua Cristiano Solano, no bairro Bom Retiro. A travessia de balsas entre Santos e Guarujá foi suspensa às 2h46 devido às condições de segurança, com ventos de 35,25 nós (cerca de 65 km/h), sendo retomada às 3h51. A linha entre Vicente de Carvalho e Santos também foi interrompida por quase uma hora, das 3h04 às 4h.
Em Mongaguá, as rajadas derrubaram uma árvore sobre a via pública e danificaram barracas comerciais nas Avenidas Marina e Embaixador Pedro de Toledo. Um poste de energia tombou na Avenida Dudu Samba, agravando os danos à rede elétrica do centro da cidade.
Praia Grande registrou uma das cenas mais emblemáticas do caos climático: a cobertura de um posto de gasolina, localizado no bairro Sítio do Campo, foi arrancada pela força dos ventos e desabou completamente. Apesar do estrago, o Corpo de Bombeiros não chegou a ser acionado. A prefeitura mobilizou equipes para remover árvores caídas e fazer a limpeza urbana emergencial.
Já em Peruíbe, os efeitos da ventania foram menos agressivos, limitando-se à queda de galhos secos, sem registros de danos maiores ou atendimentos emergenciais.
Em São Vicente, os ventos lançaram árvores ao solo em pontos estratégicos da cidade, como nas avenidas Wilson Thomaz, Angelina Pretti, Dom Pedro I e na Rua Padre André de Soveral, próximo à Creche Profª Ondina Marque de Mello, na Vila Ema. O episódio mais crítico ocorreu na Rua Celso Santos, onde a estrutura metálica de uma casa de eventos foi arrancada e arremessada sobre a rede elétrica, agravando o risco de acidentes.
Em Cubatão, uma árvore caiu na Rua México, no Jardim Casqueiro. No mesmo bairro, a lona de um galpão provisório instalado no Píer do Casqueiro para a Quermesse se soltou, exigindo intervenção da vigilância local para evitar aproximação de populares à estrutura instável.
De acordo com a MetSul Meteorologia, o ciclone extratropical que provocou os ventos extremos ainda pode gerar instabilidades em estados do Sudeste e Sul nos próximos dias. A Defesa Civil recomenda atenção redobrada para os próximos episódios climáticos, já que os ventos intensos e chuvas repentinas têm se tornado mais frequentes e severos, reflexo das mudanças climáticas em curso.
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