Mais de 1.500 unidades em São Paulo ainda não responderam à pesquisa essencial para a melhoria do SUS
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| Questionário do Censo das UBS: prazo final em 10 dias. Gestores municipais precisam agir com urgência. |
O prazo para os gestores municipais responderem ao Censo Nacional das Unidades Básicas de Saúde (UBS) termina em 31 de julho. Este levantamento, crucial para a saúde pública no Brasil, visa mapear as necessidades e condições das cerca de 50 mil UBS espalhadas pelo país, mas, até o momento, 1.582 unidades em São Paulo ainda não responderam ao questionário, enquanto outras 897 precisam finalizar a pesquisa.
A urgência e a importância desta tarefa não podem ser subestimadas. O responsável por cada UBS deve acessar o sistema e-Gestor e preencher o questionário, o qual é essencial para identificar as áreas prioritárias para investimentos no Sistema Único de Saúde (SUS). Este censo é uma ação coordenada pelo Ministério da Saúde em colaboração com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e a Rede de Pesquisa em Atenção Primária à Saúde.
A pesquisa não é apenas um exercício burocrático. Ela é uma ferramenta vital que oferece uma visão clara sobre as necessidades dos profissionais e usuários das UBS, destacando questões relacionadas à infraestrutura, insumos, equipamentos e a oferta de serviços. Em um ano que marca o 30º aniversário da Estratégia Saúde da Família (eSF) no Brasil, o censo se torna ainda mais significativo, proporcionando uma oportunidade histórica para avaliar e compreender a situação da Atenção Primária à Saúde (APS).
Jérzey Timóteo, secretário adjunto da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps), enfatiza a importância do censo: "O censo tem o objetivo de identificar os gargalos, as insuficiências relacionadas ao acesso com vistas a garantir a qualidade, os atributos e diretrizes da Política Nacional de Atenção Básica, realizar diagnóstico da infraestrutura, estimular a cultura da avaliação e gerar dados para fundamentar a estratégia de alocação do custeio".
É imperativo que os gestores municipais acessem a plataforma e-Gestor para completar o censo. O processo de acesso exige um login gov.br e a manifestação de interesse do gestor municipal, realizada dentro do sistema "Gerencia APS" no e-Gestor. Após essa manifestação, a plataforma do Censo será liberada, permitindo o cadastramento dos responsáveis e a resposta ao questionário.
A Saps recomenda que seja escolhido um único respondente por UBS, preferencialmente o gerente ou coordenador da unidade, ou um profissional da área de saúde com amplo conhecimento sobre a unidade.
Para auxiliar os gestores, o Ministério da Saúde promoveu uma live no último dia 26 de junho, com o tema "Tudo o que o gestor precisa saber sobre o Censo Nacional das UBS: perguntas e respostas". Este evento proporcionou um espaço para a interação e a solução de dúvidas, sendo apoiado pela rede de pesquisa em atenção primária de saúde da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco).
A falta de resposta ao censo pelas UBS de São Paulo levanta preocupações sobre a capacidade do sistema de saúde em mapear suas reais necessidades e direcionar os recursos de maneira eficaz. A situação das UBS reflete diretamente na qualidade do atendimento oferecido à população, e um levantamento incompleto compromete a alocação correta dos investimentos necessários para melhorar o SUS.
O prazo está se esgotando e o tempo para ação é agora. Gestores municipais têm a responsabilidade de garantir que suas unidades participem desse levantamento crucial, não apenas para atender a uma exigência administrativa, mas para contribuir significativamente para a melhoria do sistema de saúde pública no Brasil.
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