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Cara de pau e falha na segurança bancária: Idosa cai em golpe dentro da agência e tem conta ZERADA no Guarujá

Vítima de 63 anos foi lesada em plena luz do dia, expondo fragilidade na proteção aos clientes e levantando questionamentos sobre a responsabilidade do banco

Idosa relata o trauma de ter sido enganada dentro da agência bancária, expondo a fragilidade da segurança para os mais vulneráveis. Foto: Reprodução/Redes Sociais.

Um caso chocante de audácia criminosa e falha de segurança bancária aconteceu no Guarujá. Uma dona de casa de 63 anos teve sua conta bancária completamente esvaziada após cair no conhecido "golpe da ajuda" dentro de uma agência do Bradesco, localizada na movimentada Praça 14 Bis, no bairro Pae Cará. A idosa, cliente frequente da agência e familiarizada com seus funcionários, relata ter sido ludibriada por um indivíduo que se ofereceu para auxiliar com um caixa eletrônico supostamente com o idioma em inglês. A ação criminosa, que se desenrolou de forma surpreendentemente longa e dentro do próprio estabelecimento bancário, resultou não apenas no saque integral de seus fundos, estimados em R$ 1,5 mil, mas também na realização de um empréstimo em seu nome, cujo valor não foi divulgado.

A vítima, visivelmente abalada e preferindo manter o anonimato, expressou profunda vergonha diante da situação. "Estou muito envergonhada de ter caído nesse golpe. Sempre alertei os meus filhos e netos para nunca aceitarem nada de estranhos", lamentou a idosa, contradizendo sua própria precaução ao confiar no golpista. Seu relato detalha a abordagem sorrateira do criminoso, que se apresentou como um mero cliente, oferecendo ajuda no momento em que ela se deparou com o caixa eletrônico configurado em língua estrangeira. A sequência dos fatos, segundo a vítima, sugere uma ação coordenada, com um segundo indivíduo atuando na cobertura, observando seus movimentos em silêncio.

A dinâmica do golpe revela a vulnerabilidade dos idosos e a aparente falta de mecanismos eficazes para prevenir tais crimes dentro das agências bancárias. A facilidade com que o golpista conseguiu distrair a vítima, realizar transações financeiras fraudulentas e se evadir do local levanta sérios questionamentos sobre a segurança oferecida aos clientes, especialmente aqueles com maior probabilidade de serem alvo de criminosos. A narrativa da idosa expõe uma fragilidade alarmante: um golpe complexo sendo aplicado sob as câmeras de segurança e, possivelmente, na presença de outros clientes e funcionários, sem que houvesse qualquer intervenção imediata.

Em nota oficial, o Banco Bradesco classificou o ocorrido como uma "ação externa de Engenharia Social", eximindo-se, em princípio, de responsabilidade direta e atribuindo o golpe à habilidade dos criminosos em se passarem por funcionários e induzirem os clientes a realizar procedimentos bancários sob engano. Contudo, a alegação de "ação externa" soa, no mínimo, negligente, considerando que o crime ocorreu in loco, dentro das dependências da instituição financeira que tem o dever de zelar pela segurança de seus usuários. A frequente ocorrência desse tipo de golpe, conforme relatado pela própria polícia – "pelo menos umas dez vezes por dia" –, escancara a urgência de medidas preventivas mais robustas por parte dos bancos.

A promessa da instituição de "analisar as imagens e avaliar a possibilidade de reembolso" até o meio do próximo mês surge como uma resposta paliativa diante da gravidade da situação. A vítima, além do prejuízo financeiro, carrega consigo a dor da traição e a sensação de insegurança em um ambiente que deveria ser de confiança. O caso registrado no 2º Distrito Policial de Guarujá engrossa as estatísticas de estelionato, um crime que se aproveita da boa-fé e, muitas vezes, da ingenuidade das vítimas, com um impacto emocional e financeiro significativo, especialmente para os idosos.

A ousadia dos criminosos em agir dentro da agência, aliada à aparente falta de vigilância e prevenção eficaz por parte do banco, clama por uma reflexão profunda sobre a responsabilidade das instituições financeiras na proteção de seus clientes. É imperativo que medidas de segurança sejam reforçadas, com maior fiscalização, orientação clara aos usuários sobre os riscos de golpes e, principalmente, uma postura proativa na identificação e prevenção de ações criminosas dentro de suas dependências. A vulnerabilidade da idosa, que se sentia segura por ser uma cliente habitual, serve como um alerta sombrio: a confiança depositada nas instituições bancárias não pode ser quebrada pela negligência e pela falta de segurança.


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