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Calor insuportável: Sindicato processa Prefeitura de Praia Grande por condições degradantes em escolas e repartições

Justiça é acionada diante de um cenário de caos térmico em unidades de ensino e locais de trabalho dos servidores

Salas de aula e escritórios públicos de Praia Grande enfrentam temperaturas extremas devido à falta de climatização adequada. Foto: Reprodução/Internet.

O calor extremo que tem castigado Praia Grande nas últimas semanas expôs uma realidade alarmante: escolas e repartições públicas sem qualquer estrutura adequada para lidar com as altas temperaturas. Diante do cenário de sofrimento de servidores e estudantes, o Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Praia Grande decidiu agir e ingressou com uma ação civil coletiva na 1ª Vara da Justiça do Trabalho do município (processo eletrônico nº 1000262-38.2025.5.02.0401), exigindo medidas urgentes da Administração para garantir condições dignas de trabalho e estudo.

A situação relatada por professores, servidores e estudantes é caótica. Ventiladores quebrados, ar-condicionados inoperantes e bebedouros fora de funcionamento têm transformado salas de aula e outra repartições em verdadeiras estufas humanas. Relatos apontam que docentes passaram mal em pleno expediente e alunos foram obrigados a sentar no chão para tentar aliviar o calor sufocante.

O Sindicato denuncia que há anos a prefeitura tem negligenciado a necessidade de melhorias estruturais nesses ambientes. "Não vamos esperar mais nenhum minuto a respeito desta situação deplorável. Ingressamos na Justiça pedindo medidas efetivas no sentido de proteger e garantir a segurança e bem-estar dos servidores e servidoras", afirmou Adriano Pixoxó, presidente do Sindicato.

A entidade encaminhou à Justiça um dossiê de 48 páginas documentando os problemas e a inércia do poder público frente às constantes reclamações dos trabalhadores. O documento detalha episódios de colapsos físicos em meio ao calor e o impacto direto dessas condições na produtividade dos servidores e no aprendizado dos alunos. Segundo o Sindicato, a Prefeitura foi informada várias vezes sobre o problema, mas nenhuma ação concreta foi tomada.

A indignação cresce entre os servidores, que veem na judicialização a última esperança para que a Administração tome providências. "Nossa categoria não vai ser desrespeitada pela negligência da Administração", enfatizou Pixoxó.

A ação impetrada pelo Sindicato pede uma liminar para que a Prefeitura seja obrigada a instalar equipamentos de climatização adequados em todas as unidades de ensino e locais de trabalho dos servidores. Caso a Justiça conceda a liminar, a Administração poderá ser forçada a tomar medidas imediatas para evitar penalizações.

A situação levanta questionamentos sobre a gestão dos recursos públicos e a priorização de investimentos pela Prefeitura. Enquanto servidores e estudantes sofrem com o calor abrasador, a falta de iniciativas concretas para mitigar o problema reforça a sensação de abandono e desrespeito.

O processo agora segue para análise da Justiça do Trabalho, que deve decidir se acata ou não o pedido de liminar. Enquanto isso, servidores e alunos continuam submetidos a uma realidade insustentável, onde o calor extremo é apenas mais um dos muitos desafios enfrentados diariamente.



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